quarta-feira, 25 de maio de 2016

O que é Intolerância à lactose?

Há cada vez mais oferta de alimentos para intolerantes à lactose. Foto: iStock/Getty Images / Vivo Mais Saudável

A intolerância à lactose, também conhecida como deficiência de lactase, é a incapacidade que o corpo tem de digerir lactose - um tipo de açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos.

Tipos

Existem três tipos de intolerância à lactose. Conheça:

Intolerância à lactose primária, resultado do envelhecimento. É comum em pessoas de idade mais avançada

Intolerância à lactose secundária, resultado de alguma doença ou ferimento

Intolerância à lactose congênita, quando a pessoa já nasceu com o problema.

Causas

A intolerância à lactose acontece como consequência de um outro problema: a deficiência de lactase. Ela ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade necessária de da enzima lactase, cuja função é quebrar as moléculas de lactose e convertê-las em glucose e galactose.

A presença de lactose no organismo se dá por meio da ingestão de leite e seus derivados.

As causas para a intolerância à lactose variam de acordo com o seu tipo:

Intolerância à lactose primária

Durante a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte primária de nutrição após o nascimento. Geralmente, o corpo diminui a quantidade de lactase produzida conforme a pessoa vai envelhecendo e sua dieta variando, com o acréscimo de novos tipos de alimentos. Com o tempo, esse declínio na produção de lactase pode levar a um quadro de intolerância à lactose.

Intolerância à lactose secundária

Este tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou injúria. Algumas condições que podem levar a um quadro de intolerância à lactose secundária são adoença celíaca, gastroenterite e a doença de Crohn, por exemplo. O tratamento da condição intrínseca a esse tipo de intolerância pode resolver o problema.

Intolerância à lactose congênita

É possível, embora raro, que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência total de lactase no organismo. Essa é conhecida como herança autossômica recessiva e é passada de geração em geração. Isso significa que tanto o pai quanto a mãe precisam transmitir o gene da intolerância à lactose para o filho para que ele apresente o problema.

Fatores de risco

Alguns fatores são considerados de risco para a intolerância à lactose. Confira:

Idade: conforme os anos vão passando, as chances de se desenvolver intolerância à lactose aumenta
Etnia: intolerância à lactose é mais comum em negros, asiáticos, hispânicos e indígenas
Nascimento prematuro: bebês que nasceram prematuramente apresentam menos lactase no organismo, porque a produção desta enzima aumenta somente no final do terceiro trimestre da gravidez
Doenças: algumas condições que afetam o intestino delgado podem afetar a produção da enzima lactase, levando à intolerância à lactose, como a doença de Crohn

Sintomas de Intolerância à lactose


Os sintomas de intolerância à lactose geralmente começam de trinta minutos a duas horas depois de a pessoa ingerir alimentos ou bebidas que contenham lactose. Entre os sintomas estão:

Diarreia
Náusea e às vezes vômito
Dores abdominais
Inchaço

A intensidade dos sintomas varia de acordo com a ocasião, mas eles costumam ser amenos.

Caso perceba os sintomas acima e suspeitar que eles estejam ligados à ingestão de lactose, procure um médico e explique a situação.

A consulta costuma ser rápida, por isso é importante que você agilize e leve os seus sintomas anotados, para descrevê-los ao médico. Aproveite também para tirar todas as suas dúvidas.

O especialista também deverá lhe fazer algumas perguntas. Veja exemplos:

Você ingeriu algum alimento ou bebida que contenha leite?
Quando os sintomas começaram?
Os sintomas são frequentes ou ocasionais?

Diagnóstico de Intolerância à lactose

Para ter certeza de que é realmente a intolerância à lactose que está causando esses sintomas, o médico deverá solicitar alguns exames, como:

Exame de tolerância à lactose, em que o paciente ingere um líquido rico em lactose para, depois, realizar um exame de sangue e verificar a quantidade de glucose na corrente sanguínea.

Exame de hidrogênio expirado, em que o paciente também ingere um líquido com altas quantidades de lactose para que o médico, depois, analise a quantidade de hidrogênio expelido pelo hálito do paciente.

Medidor de ácidos. A lactose não ingerida produz ácido láctico no organismo, que consegue ser identificado por meio de um medidor de ácidos.

Tratamento de Intolerância à lactose

Não existem tratamentos para a intolerância à lactose. Mas você pode adicionar enzimas lactase ao leite normal ou tomá-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis.

Geralmente, a diminuição ou a remoção de produtos lácteos da dieta melhora os sintomas da intolerância à lactose.

A maioria das pessoas com baixos níveis de lactase pode tolerar de 55 a 115 gramas de leite de uma só vez (até meia xícara) sem ter sintomas. Porções maiores (225 gramas) podem causar problemas para pessoas com deficiência de lactase.

Esses produtos lácteos podem ser mais fáceis de digerir:

Manteiga e queijos (eles têm menos lactose do que o leite)
Produtos lácteos fermentados, como iogurte
Leite de cabra (deve ser ingerido juntamente com as refeições e suplementado com - aminoácidos essenciais e vitaminas se for oferecido a crianças)
Sorvete, milk-shakes e queijos envelhecidos ou duros
Leite e produtos lácteos sem lactose
Leite de vaca tratado com lactase para crianças maiores e adultos
Fórmulas de soja para crianças com menos de dois anos

Leia os rótulos dos alimentos. A lactose também é encontrada em alguns produtos não lácteos, inclusive em algumas cervejas.

Complicações possíveis

A ausência de leite na dieta pode levar à deficiência de cálcio, vitamina D, riboflavina e também de proteína. Talvez seja necessário encontrar novas maneiras de acrescentar cálcio à sua dieta (são necessários 1.200 a 1.500 mg de cálcio por dia):
Tome suplementos de cálcio
Coma alimentos que tenham mais cálcio (folhas verdes, ostras, sardinhas, salmão enlatado, camarão e brócolis)

Intolerância à lactose também pode acarretar um quadro de desnutrição e perda de peso.

Prevenção

Não há uma maneira conhecida de se prevenir a intolerância à lactose. Evitar ou restringir a quantidade de produtos lácteos em sua dieta pode reduzir ou prevenir os sintomas da intolerância à lactose.

terça-feira, 17 de maio de 2016

terça-feira, 10 de maio de 2016

As cólicas e suas causas


As cólicas são dores abdominais que podem ocorrer por diversos fatores. As mulheres são as que mais sofrem desse desconforto, principalmente no período menstrual. Mas os homens também podem apresentar esse problema, assim como os bebês.

Na gravidez

As gestantes reclamam frequentemente de cólicas. O acompanhamento médico é fundamental para saber se está tudo bem com a mãe e com o bebê, porém vale lembrar que o corpo da mulher sofre diversas alterações nessa fase. Além da mudança hormonal, musculatura, veias e ligamentos internos são mais exigidos para sustentar o feto no ventre. Em muitos casos, as sensações de cólicas podem ser apenas desconfortos normais gerados pelo crescimento do útero e pela adaptação do corpo feminino.

Nos bebês

Após o nascimento, o bebê ainda não atingiu a formação completa de seus órgãos e isso inclui o seu sistema intestinal. Os recém-nascidos têm dificuldades para expelir os gases do corpo e, por isso, podem sentir cólicas. Esses gases também podem ser formados devido à dieta da mãe, que passa substâncias ao bebê através do leite materno. Por isso, se você está amamentando e o seu bebê sente cólicas, verifique com o seu médico se alimentos como cebola, repolho, pimenta, ovo, couve, chocolate e leite devem ser retirados do seu cardápio.

De intestino

As cólicas intestinais são dores intensas na região do abdômen que podem vir acompanhadas de diarreia e espasmos intensos. Esse problema pode surgir como um mal passageiro ou ser um sintoma de alguma doença. Nos casos esporádicos, por exemplo, a cólica intestinal pode ocorrer depois do consumo de algum tipo de alimento deteriorado, mudança de rotina alimentar e até em situações de alto nível de estresse e ansiedade ou angústia. Outra causa muito comum é a síndrome do intestino irritável, que é um distúrbio funcional responsável por cerca de 15% dos casos de cólica intestinal.

Em todos os casos, é fundamental consultar um médico para avaliar o quadro e fazer o diagnóstico e tratamento corretos.