quinta-feira, 29 de junho de 2017

Como engordar de maneira saudável?

Salmão e outras fontes de proteína e gorduras boas ajudam a ganhar peso sem perder a saúde
Foto: Shutterstock Images

Em meio às propagandas das dietas da moda, quase não se fala sobre quem luta contra a balança para engordar... Estar muito abaixo do peso pode ser tão prejudicial quanto a obesidade. Mas, até nesse caso, os excessos e o desequilíbrio no cardápio são contraindicados.

De acordo com a nutróloga Letícia Fontes, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em São Paulo, as causas mais comuns da magreza excessiva são doenças relacionadas à perda de apetite ou ao metabolismo, como a depressão e o hipertireoidismo, respectivamente. Isso, é claro, sem mencionar distúrbios alimentares e outras condições cujo tratamento abala a fome e acelera a degeneração muscular — câncer e aids, por exemplo.

“É essencial identificar e controlar a causa de base para que tentativas de ganhar peso não tragam resultados apenas temporários”, destaca Letícia. “O principal recurso para esses pacientes é uma dieta hipercalórica, elaborada de maneira individualizada por um nutricionista”, completa a médica. Suplementos podem ser utilizados, desde que com acompanhamento profissional.

Geralmente, o cardápio dessa turma é protagonizado por proteínas e gorduras boas, vindas da carne, dos peixes, do abacate… “Essa dupla de nutrientes contribui para o crescimento dos músculos e dá mais disposição no dia a dia”, explica Letícia. Agora, carboidratos, vitaminas e minerais também precisam frequentar o prato, ok?

A quantidade de calorias diárias varia. No entanto, não chega a ser tão diferente da recomendada para aqueles que só desejam manter o peso: entre 25 e 30 por quilo corporal. Segundo essa conta, um sujeito com 65 quilos deveria ingerir de 1 625 a 1 950 calorias. A título de comparação, o indicado para um indivíduo em forma fica entre 23 a 25 calorias por quilo. Mas isso varia muito dependendo inclusive do estilo de vida de cada um.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

10 dicas para afastar as doenças de inverno



O clima seco e mudanças bruscas de temperatura colaboram para que enfermidades como gripes, resfriados, amidalite e dor de ouvido se espalhem rapidamente. Porém, para algumas pessoas, além desses vilões, é preciso enfrentar outras manifestações que se agravam durante o inverno. É o caso da asma, pneumonia, bronquite, rinite e sinusite.

Segundo o médico pneumologista Mauro Gomes, a hipersensibilidade do organismo a algumas substâncias desencadeia reações alérgicas como, por exemplo, os intermináveis espirros e coceira na região nasal. A poeira, ácaros, fungos, pelos de animais, além da fumaça de cigarro são alguns dos agentes irritantes mais comuns.

A fim de evitar esses incômodos sintomas o especialista deixa 10 dicas que podem ajudá-lo a conviver melhor com o frio e os problemas respiratórios:

1 - Mantenha as roupas de cama limpas especialmente os cobertores que costumam ser morada de ácaros;

2 - Retire o pó da mobília e limpe o chão com pano úmido, evitando o levantamento de poeira;

3 - Aproveite os dias de ensolarados para arejar a casa. O sol e o ar evitam que vírus e bactérias se proliferem;

4 - Evite o contato com a fumaça do cigarro;

5 - Use soro fisiológico nas regiões dos olhos e narinas, ele lubrifica a mucosa e evita irritação;

6 - Evite aglomerações de pessoas em lugares fechados e pouco arejados;

7 - Lave as mãos constantemente para evitar que vírus e bactérias se alojem nessa região;

8 - Beba muito líquido, mas evite as bebidas alcoólicas. Água e sucos são importantes para controlar a circulação sanguínea, composição das células, músculos e respiração;

9 - Não use carpetes e cortinas no quarto de pessoas alérgicas, pois eles favorecem o aparecimento de ácaros;

10 - O meio mais efetivo para evitar as doenças do inverno são as vacinas. A antigripal confere imunidade por cerca de um ano e a vacina contra pneumonia pode proteger por cinco anos. No caso dos idosos, a vacina antigripal é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e distribuída gratuitamente pelo governo federal.

*Mauro Gomes, especialista em Pneumologia pela Sociedade Brasileira de Pneumologia; professor instrutor de ensino da disciplina de Pneumologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.