O câncer de mama é tipo o mais comum entre as mulheres, depois do de pele não melanoma. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama responde por cerca de 25% dos novos casos registrados anualmente da doença. Pesquisa divulgada pelo Inca para o biênio 2016-2017 aponta a ocorrência de 57.960 mil casos novos de câncer de mama no país em 2016.
Apesar dos números, o câncer de mama é um tumor curável, em até 98% dos casos, se detectado na fase inicial. Se a doença é descoberta no início, reduz-se significativamente a necessidade da mastectomia (retirada dos seios).
Somente o exame de mamografia pode mudar a curva da doença. Uma das barreiras para a detecção precoce do câncer de mama é o medo. Muitas mulheres têm receio do exame e demoram a procurar orientação médica para realização da mamografia. Se houver demora no diagnóstico, há perigo de ocorrer metástase, situação em que células cancerosas migram para outros órgãos (fígado, pulmão, osso).
A presença do nódulo na mama sempre deve ser investigada. O ideal é prevenir, fazendo o exame de mamografia para detectar lesões não palpáveis em estado inicial. Outros sintomas são: abaulamento em uma área da mama, vermelhidão, pele com aparência semelhante à da casca da laranja, secreção com sangue ou do tipo aquosa que sai espontaneamente pelo mamilo, presença de gânglio endurecido na região da axila.
No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde é a realização da mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) em mulheres entre 45 e 69 anos, ou antes disso caso haja histórico familiar de câncer de mama ou a indicação do profissional de saúde. O exame deve ser feito anualmente, segundo especialistas.
Pesquisas científicas mostram que o desenvolvimento de até 13 tipos tumores está relacionado ao comportamento. Com a adoção de medidas simples é possível reduzir a incidência do câncer de mama. Confira algumas dicas importantes que a Fundação do Câncer preparou para a campanha mundial Outubro Rosa e saiba mais sobre o câncer de mama:
Procure um profissional de saúde
O autoexame é uma maneira importante de a mulher conhecer o próprio corpo e perceber possíveis alterações. Porém, muitas vezes o tumor não consegue ser percebido apenas por meio do toque. Especialmente na fase inicial, quando o nódulo tem tamanho muito reduzido e, consequentemente, a chance de cura é maior é imprescindível a realização da mamografia para detecção da doença. Por isso, a premissa básica é: fazer acompanhamento regular com um especialista. Ele irá avaliar clinicamente a paciente e prescrever de acordo com o seu perfil e necessidades.
Pratique atividade física
A prática de atividade física diminui em cerca de 1/3 os riscos de desenvolver câncer de mama. Pratique 30 minutos de exercício aeróbico, pelo menos três vezes na semana, ou de acordo com as suas necessidades. Procure um profissional da área para pedir orientação na escolha da atividade física e acompanhamento para ter uma prática mais adequada.
Controle a alimentação
Uma dieta equilibrada evita o sobrepeso e melhora a qualidade de vida. Alimentos industrializados, enlatados e conservados contêm agentes cancerígenos na composição e devem ser evitados. É o caso das carnes processadas, defumadas, curadas ou salgadas e embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela e salame. Dê prioridade aos vegetais e coma pelo menos cinco porções ao dia de frutas, legumes e verduras. São alimentos ricos em vitaminas essenciais, sais minerais e fibras, além de substâncias antioxidantes que protegem contra a maioria dos tipos de câncer.
Não fume
O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas, que levam a uma série de doenças, entre elas, o câncer. O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quase 5 milhões de pessoas (mais de 10 mil por dia), morrem todos os anos em decorrência do cigarro. Estima-se que 30% de todos os casos de câncer são devido ao tabagismo. Por isso, não fume e proteja-se da fumaça do cigarro. Deixar de fumar é uma das decisões mais importantes na vida de um fumante e para quem convive com quem fuma.
Não consuma álcool em excesso
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o alcoolismo causa entre 2% e 4% das mortes por câncer. O excesso de álcool é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tumores, incluindo o de mama, principalmente se o uso for combinado com o tabaco. Além do câncer, o consumo de álcool está associado a mais de 200 tipos de doenças, entre cardiovasculares, mentais e hepáticas. Reduzir a frequência do consumo pode diminuir as chances de desenvolver a doença, mas a escolha mais saudável é não beber ou evitar ao máximo a ingestão de bebidas alcoólicas.
Fonte: cancer.org, com informações do Instituto AC Camargo
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